sábado, 22 de setembro de 2018

Ainda não somos um país de leitores


Contar histórias às crianças, antes de irem dormir, começa a tornar-se uma prática frequente. Até mesmo nas famílias com menos hábitos de leitura. Nos adultos cresce a certeza que as crianças devem ter livros. Mas ainda não somos um país de leitores.

Se os pais têm o hábito de ler em casa, é possível que as crianças se sintam mais motivadas para a leitura. Mas para gostar de livros, o exemplo parental não basta. Clara Haddad, contadora de histórias profissional, acredita que para despertar o gosto da leitura, é preciso deixar a criança escolher os livros que quer ler. “A criança tem o seu próprio gosto. Mas, às vezes, os pais acham que esse gosto não é o ideal. Querem incutir outro gosto. E criam uma barreira muito grande à leitura.”

Apesar de tudo, contrapõe, Teresa Calçada, “não somos um país com hábitos de leitura enraizados”. Assim, se justifica o pouco uso ainda dado a bibliotecas públicas, escolares e universitárias. Mas o grande problema, aponta, é que não se pode ser leitor sem o domínio das competências de leitura. “Muitas pessoas leem mal, mesmo tendo a escolaridade toda leem aos bocadinhos, leem interpretando muito linearmente os textos estejam estes em suporte papel ou digital.”

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