segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ano Novo

Ano Novo - Recados, Gifs e Imagens de Ano-Novo para Orkut: "RecadosAnimados.com




Para enviar seu recado de 2009, entre aqui!!!

www.RecadosAnimados.com/anonovo.html

"

Reunião de Presidentes do Conselho Executivo em Santarém

Tudo começou com a reunião de PCEs das escolas da região de Coimbra. Foi no dia 15 de Dezembro. Estiveram presentes duas dezenas de conselhos executivos. A ordem de trabalhos era clara: como é que os conselhos executivos devem reagir ao novo simplex 2 e às ameaças que pendem sobre as escolas e que têm agravado a intranquilidade e a confusão?
Desse encontro de escolas saiu a decisão de promover um encontro nacional de PCEs. O local, Santarém, foi escolhido pela sua centralidade. A data, 10 de Janeiro de 2009, foi escolhida porque é necessário reagir colectivamente e a tempo às ameaças do ME sobre os conselhos executivos.
Será o maior encontro de PCEs de sempre. Peço aos bloggers para se associarem a esta iniciativa, promovendo-a, divulgando-a e dando-lhe força. É a iniciativa por que os professores esperam há muito tempo. Peço aos professores que falem com os PCEs sobre esta iniciativa, aplaudam os que tencionam ir e motivem os que têm dúvidas.
O Encontro Nacional de PCEs vai ser no Restaurante Varanda do Parque em Santarém, no CNEMA, no dia 10 de Janeiro, às 12 Horas. O CNEMA fica situado na circular exterior, à direita. Quem vem da A1, deve seguir a direcção Santarém/Algarve.
Outro post sobre este assunto: Encontro Nacional de PCEs no dia 10 de Janeiro
Fonte: Profavaliação

domingo, 21 de dezembro de 2008

O Natal é quando o homem quiser

O Maior Pedido de Suspensão do Modelo de Avaliação

A Plataforma Sindical entrega amanhã a Jorge Pedreira o maior abaixo-assinado de sempre. São já mais de 60 mil assinaturas a exigir a suspensão do modelo burocrático de avaliação e a abertura imediata de negociações para a construção de um modelo simples e formativo e para pôr fim à divisão da carreira em duas categorias. Se não assinou, ainda vai a tempo. Clique aqui e assine. É simples e rápido. Com a sua ajuda, somos capazes de chegar aos 80 mil. Vai uma ajuda?
Não se esqueça também de enviar, amanhã, um email ou postal ao Presidente da República. E quando a pausa de Natal terminar, lembre-se de que a resistência interna ao modelo burocrático continua. Há cada vez mais escolas a aprovarem ou a confirmarem a suspensão efectiva dos procedimentos de avaliação. São cada vez mais os professores que dizem "recuso ser avaliado enquanto o modelo burocrático não for substituído!" E aos que o pressionam para responder por escrito se quer ser avaliado na componente científica e pedagógica, responda: "O diploma de simplificação do modelo burocrático não está ainda em vigor. Carece de ser promulgado pelo PR e de ser publicado em DR!"
Fonte: Profavaliação

Amar - Florbela Espanca

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sócrates e ME sózinhos na avaliação!!!!!!!!

O primeiro-ministro lamenta ter estado só no processo de avaliação dos professores. “Nestes últimos três anos, todos reconheceram que, sem avaliação dos professores, isso contribuiria para o declínio do sistema de ensino público, mas o Governo foi deixado sozinho e não houve nenhum partido que o acompanhasse”,disse.
Fonte: Expresso
Comentário:
1- Não compreendo o espanto socrático. Não compreendo que só agora tenha chegado a essa conclusão. Eu ajudo:
- o modelo de avaliação não foi feito com os professores mas contra os
professores;
- o modelo de avaliação foi importado de uma realidade que nada tem a
ver com a nossa;
- este modelo não serve o objectivo para o qual foi criado: melhorar
as aprendizagens;
- este modelo divide os professores não os convida à partilha e ao
trabalho colaborativo;
- etc.
2- O senhor (PM) esqueceu-se que os professores sempre foram avaliados ( se era boa ou má é outra questão). Será que o mesmo ficou amnésico e esqueceu as decisões tomadas, em que participou, durante o primeiro governo de Guterres.
3- Pobre solitário, boa viagem...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

74% dos professores mudavam de profissão

O secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) disse ontem, no Porto, que "as sucessivas mudanças, correcções, adaptações e alterações" do modelo de avaliação dos professores são o reconhecimento de que, afinal, "o modelo imposto pelo ME é inaplicável".


"Trata-se do reconhecimento de que os avisos e as críticas denunciadas pela FNE tinham plena razão e fundamento", acrescentou João Dias da Silva.


Sendo "incompreensível" a atitude de incumprimento do ME, que teima em relegar para segundo plano as organizações sindicais, informando primeiramente a Comunicação Social, o presidente da Direcção do SPZN considerou "inaceitáveis todas as pressões que estão a ser exercidas para que, à margem da lei em vigor, as escolas realizem procedimentos que eventualmente só serão utilizáveis depois da publicação da legislação que os suporte".


Por isso, continuou João Dias da Silva, a FNE defende que no presente ano lectivo se substitua este modelo (ainda que simplificado) por um outro procedimento que "garanta genericamente o respeito pelos princípios da isenção, da justiça e da primazia da vertente científico-pedagógica na avaliação dos docentes".


João Dias da Silva falava no final da apresentação de um estudo do Observatório da Avaliação de Desempenho, órgão criado pela FNE e pelo Instituto Superior de Educação e Trabalho (ISET).


Desse estudo pode concluir-se que um inquérito realizado a 1018 professores, entre 10 de Outubro e 15 de Novembro, revelou que "74% dos docentes mudavam de profissão se tivessem alternativa e 82% admitem que, se pudessem, pediam a aposentação, mesmo com penalizações".


Estes dados, "preocupantes", revelam que o actual processo de avaliação de desempenho constitui "um corpo estranho" que as escolas rejeitam, porque "não contribui para que o sistema educativo melhore".


Daí o compromisso de que a FNE, na próxima reunião com o ME, não deixará, mais uma vez, de dar expressão à contestação a este modelo de avaliação.


A primeira dessas reuniões, terá de servir também para que se inicie a definição de um calendário negocial a propósito

da revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD).

Porto, 19 de Dezembro de 2008

Departamento de Informação do SPZN


O Simplex é uma brincadeira

É isso que o Paulo Guinote afirma hoje num excelente post sobre o assunto.

O que muda?

1. O número de assistências a aulas passa de 3 para 2.

2. A assistência a aulas só é exigida para quem queira habilitar-se ao MB ou a Excelente.

3. As reuniões entre avaliado e avaliador só são exigidas em caso de não acordo.

4. Ficam fora da avaliação de desempenho os docentes que se vão aposentar até 2011 e os contratado em áreas especiais não integradas em grupos de recrutamento.

5. A avaliação na dimensão científica e pedagógica só é exigida aos avaliados que queiram habilitar-se ao MB e ao Excelente.

6. Os resultados escolares dos alunos deixam de ser ponderados para a avaliação de desempenho.
Fonte: Blogue ProfAvaliação

sábado, 6 de dezembro de 2008

Deputados irresponsáveis

Estes são alguns dos deputados do PSD hipócritas, irresponsáveis e incapazes de representar os professores portugueses:
Pedro Santana Lopes; José Luís Arnaut; Mota Amaral; Duarte Pacheco; José Freire Antunes; José Mendes Bota; Jorge Neto; Virgílio Costa; Jorge Costa; Miguel Frasquilho; Jorge Pereira; Duarte Lima; Carlos Páscoa e mais alguns...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Suspenção da Greve



A Plataforma Sindical dos Professores suspendeu as greves regionais agendadas para a próxima semana, considerando que, pela primeira vez, o Ministério da Educação (ME) aceitou negociar uma eventual suspensão do modelo de avaliação de desempenho.

No final de um breve encontro com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, o porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira, anunciou que será realizada no próximo dia 15 uma reunião "onde tudo estará em cima da mesa", nomeadamente a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD).

"Perante a disponibilidade do ME, que, pela primeira vez, aceitou uma negociação onde não estão apenas as questões da avaliação mas outros aspectos do ECD, em nome da Plataforma suspendemos as greves regionais da próxima semana", afirmou o sindicalista.



Fonte: Lusa

domingo, 9 de novembro de 2008

A manifestação em imagens

A Ministra foi chumbada na avaliação



Nota: Os professores voltaram a fazer história. Depois de em Março, 100.000 professores terem descido a Avenida da Liberdade, Lisboa foi hoje invadida por 120.000, garantem os sindicatos, naquela que será a maior manifestação de professores jamais realizada em Portugal.

sábado, 1 de novembro de 2008

Sara Tavares - Longe do Mundo



Nota: Ouçam com atenção esta música e descansem um pouco de todas as trapalhadas escolares.

Manifestação única dia 8....

É definitivo não haverá duas, mas apenas “uma única e grande manifestação nacional”, no dia 8 de Novembro, a data que havia sido determinada pela Plataforma Sindical.




Assim, o luto está de volta às escolas portuguesas...

Mais uma razão para a manifestação de 8....

Terminou, dia 31 de Outubro, o ciclo de reuniões definido pelo Ministério da Educação para a revisão do regime de concursos de professores com um encontro com a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). A estrutura sindical defende que se definam com "clareza" as regras que vão servir para determinar os novos lugares de quadro de agrupamento de escola e de escola não agrupada, substituindo-se "os actuais níveis de instabilidade por fortes índices de estabilidade".


Para a FNE, a proposta do ME "não só não elimina espaços que dão azo a falta de transparência em algumas fases do concurso, como ainda introduz um grave factor de distorção dos direitos dos docentes, ao pretender que a situação relativa de cada concorrente seja distorcida pelos resultados de uma avaliação de desempenho que se está a revelar completamente injusta". A proposta do ME constitui "um grave atropelo e desconsideração por percursos profissionais longos", afirma a FNE, acrescentando que a "dimensão geográfica a que quer obrigar a concorrer docentes com mais de vinte anos de exercício instável - por incapacidade da administração para determinar correctamente os quadros das escolas - constitui uma matéria inteiramente inaceitável".Acrescenta que o Ministério da Educação foi "incapaz, até hoje, de dar uma resposta satisfatória às posições definidas pela FNE", pelo que o resultado deste processo "não pode neste momento conduzir a qualquer acordo".Para a FENROF, o ME abriu "um processo negocial que, de negociação, apenas teve as formalidades: cumprimento de prazos para o envio das convocatórias e realização de reuniões". Diz também rejeitar esta postura do Governo e anuncia que, nos termos legalmente previstos e nos prazos definidos, irá requerer a negociação suplementar desta matéria. A FENPROF anuncia ainda que os professores se vão pronunciar, mais uma vez, através de várias acções, como o plenário nacional e manifestação que terão lugar no dia 8 de Novembro, em Lisboa.


Fonte: Público

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Todos a Lisboa no dia 8 de Novembro

Leiam isto de um colega nosso.
Com este espírito podemos conseguir:OLÁ COLEGAS!Tenho estado a observar tudo o que se passa à minha volta, toda esta agitação, todas estas movimentações e... fico perpelexo!...POR FAVOR: Não façam como aquele marido infiel que trocava a sua esposa de 40 anos por duas de 20 anos. Este é o momento por que tanto esperávamos. Pensemos em nós e na nossa carreira. Esqueçamos o nosso orgulho e unámo-nos TODOS, porque só assim seremos CAPAZES de travar esta pouca pouca vergonha que impera no nosso ensino! Eles (os nossos governantes) já se estão a rir de todas estas movimentações des-sincronizadas e já batem palmas de contentes, porque estão a conseguir atingir os seus objectivos, provavelmente até por meios de alguns infiltrados, quem sabe...NÃO, CAROS COLEGAS! Por aí não é o caminho. Não vou dizer que aqueles que lançaram o mote não tenham toda a legitimidade para a escolha da data. Porém a simbologia «8 DE MARÇO DE 2007 - MAIS DE 100.000 MANIFESTANTES NAS RUA DE LISBOA e 8 DE NOVEMBRO DE 2008 - MAIS DE 140.000 MANIFESTANTES PROFESSORES INVADEM A CAPITAL PORTUGUESA» penso que terá ainda mais impacto. Além disso, de nada nos adiantará a nossa manifestação após terminadas as negociações. O nosso braço de ferro deve e tem que ser durantes as mesmas. Talvez assim, eles tomem consciência da importância e do peso que tem a nossa classe, quanto mais não seja em época de eleições!Quem é o colega que está contente com a sua situação?Por acaso, fomos tidos e achados, aquando da alteração ao estatuto da carreira docente (ECD)? Acaso fomos ouvidos sobre a divisão da nossa classe? E quanto à avaliação? Acaso, pretendem eles que deixemos de leccionar para passarmos a ser administrativos, onde só impera a burocracia dos papeis? Ou pretenderão eles que os alunos transitem sempre - segundo o estatuto do aluno - e os docentes é que passem a ser os avaliados. Sim. A ideia parece-me interesssante! Assim eles, «com um tiro matam dois coelhos»! Deixa de haver insucesso escolar e é a melhor forma de não pagar aos professores. Que bela forma, de motivar e dignificar os professores!E já pensaram, nas novas regras dos concursos que se aproximam: acabar com o QZP's; obrigar os professores a 25 agrupamentos e a 4 zonas. Que pretendem eles com isto? Pois eu digo-vos: ARMAR CONFUSÃO!; colocar os professores, com a sua vida mais ou menos estabilizada, longe de casa; separar famílias, desmotivar a classe docente.Mas nós não vamos permitir a tal aberração. Por isso, no dia 8 DE NOVEMBRO DE 2008, sejamos todos e a uma só voz uma chama, A TOCHA DA UNIÃO (tal como a olímpica). Por vezes é necessário darmos o braço a torcer.SÓ ASSIM, TENHO A CERTEZA, VAMOS VENCER!Um abraço a todos...
Nota: Recebi este texto por e-mail e reolvi colocá-lo aqui pois pareceu-me apelativo para o dia 8 de Novembro.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Dezenas de escolas pedem suspensão da avaliação


O Ministério da Educação vai receber pelo menos 20 pedidos de suspensão do processo de avaliação de professores. É o resultado das moções e abaixo-assinados que muitas escolas já aprovaram e já enviaram para o gabinete de Maria de Lurdes Rodrigues.
Pedindo uma redefinição do modelo adoptado, João Dias da Silva, da FNE (Federação Nacional de Educação) acredita que os 20 pedidos de suspensão do processo de avaliação de professores é um número que ainda vai aumentar pelas escolas um pouco por todo o país.
A FENPROF tem também a informação de que pelo menos três dezenas de escolas já solicitaram a suspensão do processo de avaliação de professores.
«Há muitas escolas que sem terem aprovado a moção em reunião de escola ou nos órgãos próprios decidiram neste momento manter parado todo o processo e portanto o número de escolas que já avançou com o processo de avaliação é reduzido», salienta.
Os sindicatos de professores dizem que não estão contra o processo de avaliação, mas criticam o modelo, na medida em que o consideram demasiado burocrático.
Os dirigentes sindicais queixam-se da incompatibilidade entre as exigências requeridas e as funções que têm de cumprir nas escolas.
Fonte: TSF

8 de Novembro

Vamos todos invadir Lisboa no dia 8 ... Força... Empenho ... Coragem... Determinação...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Plataforma Sindical em peso no dia 8 em Lisboa

A FNE mobiliza todos os educadores e professores a participarem no plenário nacional do próximo dia 8 de Novembro em Lisboa. Veja aqui, clicando, a justificação da FNE para a sua participação:

http://www.fne.pt/media/video/show/id/397

sábado, 11 de outubro de 2008

A luta dos professores está de volta... Preparem-se

O estado de espírito dos professores mudou muito de quinta para sexta. Graças aos blogs, sobretudo ao Umbigo , os professores deixaram-se de acusações mútuas e queixas contra os sindicatos e começaram a acreditar que será possível voltar à rua, em breve. Em Novembro. Os 500 comentários no Umbigo, num só dia, quase todos favoráveis à realização de uma marcha, em Lisboa, no dia 15/11, ajudaram os sindicatos a fazerem uma leitura mais positiva da realidade. A FENPROF foi a primeira a perceber que os professores decidiram aderir em massa à marcha do dia 15/11. Foi por isso que, ontem à tarde, Mário Nogueira, em conferência de imprensa, afirmou que os professores vão promover uma grande acção nacional de luta, em Novembro. A FNE, um pouco mais discreta, vai esperar pela reunião do dia 14/10 com a ministra da educação para tomar uma decisão. Não terá outro remédio senão aderir ao movimento de massas. Um movimento imparável porque os professores estão de "saco cheio" e já não aguentam mais humilhações e desconsideração. Os sindicatos que ficarem de fora do movimento vão sofrer uma enorme sangria de filiados. Estou em crer que nenhum correrá esse risco.
O tempo sofreu uma aceleração considerável. O cronograma do movimento é este:
1. Dia 13/10 (segunda-feira): reunião da Plataforma Sindical. A FENPROF vai propor aos restantes sindicatos a aprovação de uma grande acção nacional de luta, em Novembro.
2. Dia 14/10 (terça-feira): reunião da FENPROF, da FNE e de outros sindicatos com a ministra da educação. Será feito um ultimato: ou a ministra aceita suspender o processo de avaliação de desempenho (razão invocada: imensas ilegalidades) ou os sindicatos denunciam o memorando de entendimento. É quase certo que a ministra manterá a postura habitual. Valter Lemos sairá a terreiro para acusar as organizações sindicais de deslealdade e incumprimento do memorando de entendimento. A guerra estala!
3. Dia 14/10 ao final da tarde: A FENPROF (provavelmente com os restantes sindicatos) dá uma conferência de imprensa a anunciar que vai convocar uma marcha de professores para Lisboa, no dia 15 de Novembro.
4. Dia 15/10 em diante: campanha de divulgação da marcha, preparação da logística, aluguer de autocarros, inscrições para deslocação e mobilização nas escolas.
5. Dia 15/11: Grande Marcha na Avenida da Liberdade. De luto e em silêncio. A Marcha do dia 15/11 será anunciada como a primeira de várias marchas nacionais a realizar durante o ano lectivo.
Nota: post tirado de:

domingo, 5 de outubro de 2008

Dia Mundia do Professor - 5 de Outubro


"Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais..."

Esta frase lapidar de Rubem Alves devia incomodar aqueles que nos desgovernam no campo da educação. Hoje, 5 de Outubro, é o dia mundial do professor, infelizmente, temos poucos motivos para festejar resta-nos continuar a sonhar que o amanhã sorrirá de novo. É esta a mensagem que deixo neste dia tão simbólico para todos os professores.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

The Shadows - Filme "O Caçador"




Nota: Façam uma pausa esqueçam os atribulados dias passados na escola e ouçam esta delicia.

Uma vida de luta para nada...

Um relato verídico de uma vida a lutar por nada....
Aos meus alunos, aos Pais dos meus alunos, aos professores e a todos os meus concidadãos. Tenho cinquenta e tal anos de idade, trinta e muitos dos quais como docente no ensino secundário e no ensino superior. Fiz a Licenciatura com 16 valores, o Estágio Pedagógico com 18 e um mestrado em Ciências da Educação com Muito Bom. Dediquei a minha vida à Escola Pública. Fui Presidente do Conselho Executivo (dois mandatos), orientador de estágio pedagógico (3 anos), delegado de grupo / coordenador de departamento (dois mandatos), Presidente do Conselho Pedagógico (um mandato) e director de turma durante vários anos. Nos últimos tempos leccionei no ensino superior, com ligação permanente à formação de professores. Desempenhei vários cargos pedagógicos, participei em múltiplos projectos e desenvolvi dois trabalhos de elevado valor científico. Entretanto, regressei ao ensino secundário e à minha escola de origem. Alguns dos antigos colegas, embora mais novos do que eu e com menos tempo de serviço (compraram o tempo, explicaram-me depois) já se tinham reformado. Eu também já tinha idade, mas faltavam-me alguns meses para o tempo necessário quando mudaram as regras do jogo. E como se não bastasse a alteração dessas regras, é aprovado, entretanto, um novo estatuto para a carreira docente. E logo de seguida é aberto o concurso para professores titulares. Um concurso para uma nova categoria onde eu não tinha lugar!Não reunia condições. Mesmo com um Mestrado em Ciências da Educação e sem ter dado uma única falta nos últimos sete anos, o meu curriculum valia, apenas, 93 pontos! Faltavam 2 pontos para o mínimo exigido a quem estivesse no 10º escalão. Com as novas regras, o meu departamento passou a ser coordenado, a partir do presente ano lectivo, por um professor titular. Um professor que está posicionado no 8º escalão. Tem menos 15 anos de serviço do que eu. Foi meu aluno no ensino secundário e, mais tarde, meu estagiário. Fez um bacharelato com média de 10 valores e no estágio pedagógico obteve a classificação de 11 valores. Recentemente concluiu a licenciatura numa estabelecimento de ensino privado, desconhecendo a classificação obtida. É um professor que nunca exerceu qualquer cargo pedagógico, à excepção de director de turma. Nos últimos sete anos deu 84 faltas, algumas das quais para fazer 15 dias de férias na RepúblicaDominicana (o atestado médico que utilizou está arquivado na secretaria da escola, enquanto os bilhetes do avião e a factura do hotel constam de um outro processo localizável). O seu curriculum vale 84 pontos, menos 9 pontos do que o meu. Contudo, este docente foi nomeado professor titular.De acordo com o Senhor Primeiro Ministro e demais membros do seuGoverno, com o apoio do Senhor Presidente da República e, agora, com o apoio dos dirigentes sindicais, este professor está em melhores condições do que eu para integrar ' (...) um corpo de docentes altamente qualificado, com mais experiência, mais formação e mais autoridade, que assegure em permanência as funções de organização das escolas para a promoção do sucesso educativo, a prevenção do abandono escolar e a melhoria da qualidade das aprendizagens.' A conclusão, embora absurda, é clara: se eu estivesse apenas no 9ºescalão, e com os mesmos pontos, seria considerado um docente altamente qualificado, com mais experiência, mais formação e mais autoridade. Como estou no 10º escalão, e não atingindo os 95 pontos,eu já não sou nada. Isto é o resultado de uma selecção feita com base na '(...) aplicaçãode uma grelha de critérios objectivos, observáveis e quantificáveis, com ponderações que permitam distinguir as experiências profissionaismais relevantes (...)[onde se procurou] reduzir ao mínimo as margens de subjectividade e de discricionariedade na apreciação do currículo dos candidatos, reafirmando-se o objectivo de valorizar e dar prioridade na classificação aos professores que têm dado provas de maior disponibilidade para assumir funções de responsabilidade.' É assim que 'reza' o DL 200/2007, de 22 de Maio. Admirável! Agora consta por aí (e por aqui) que aquele professor (coordenador do meu departamento) me irá avaliar...Não, isso não será verdade. Esse professor irá, provavelmente, fazer de conta que avalia, porque só pode avaliar quem sabe, quem for mais competente do que aquele que se pretende avaliar.O título de 'titular' não é, só por si, suficiente. Mesmo que isto seja só para fazer de conta...Conhecidos que são os meus interesses, passo ao principal objectivo desta carta, que é, simplesmente, pedir perdão! Pedir perdão, em primeiro lugar, aos meus alunos. Pedir perdão a todos os Pais dos meus alunos. Pedir perdão porque estou de professor, mas sem me sentir professor. Tal como milhares de colegas, humilhados e desencorajados, sinto-me transformado num funcionário inútil, à espera da aposentação. Ninguém consegue ser bom professor sem um mínimo de dignidade. Ninguém consegue ser bom professor sem um mínimo de paixão.As minhas aulas eram, outrora, coloridas, vivas e muito participadas. Com acetatos, diaporamas, vídeos, powerpoint, etc. Hoje é, apenas, o giz e o quadro. Só a preto e branco, com alguns cinzentos à mistura. Sinto-me desmotivado, incapaz de me empenhar e de estimular. Receio vir a odiar a sala de aulas e a própria escola. Receio começar a faltar para imitar o professor titular e coordenador do meu departamento (só não irei passar férias para a República Dominicana porque tenho outras prioridades...). Receio que os professores destePaís comecem a fingir que ensinam e a fingir que avaliam. Sim, porque neste país já tudo me parece a fingir.Cumprimentos.(Um professor anónimo e humilhado, tal como milhares de outros professores)
Nota: Es testemunho verídico e verdadeiro que me chegou por e-mail.

Multas nas escolas britânicas

O exemplo britânico. Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. 'As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações' sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ' as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira'. Acrescentou ainda que 'vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos'. A governante garantiu que 'as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais'. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito 'claro' de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário. Em Portugal, como todos sabemos, o panorama é radicalmente diferente. Por cá, continua a vingar a teoria do coitadinho: há que desculpabilizar as crianças até ao limite do possível, pois considera-se que o aluno é intrinsecamente bem formado, o que o leva a assumir comportamentos desviantes são factores externos (contexto social e familiar) que ele coitado não consegue superar. Temos assim que o aluno raramente é penalizado e quando o é, os castigos ficam-se na sua maioria por penas ligeiras, não vá correr-se o risco de o menino/a sofrer traumas que o podem marcar para o resto da vida. As notícias sobre actos de vandalismo, de agressão, de indisciplina e de violência praticados em contexto escolar que, com progressiva frequência vamos conhecendo, deviam merecer da parte de quem tutela a educação, medidas mais enérgicas que infelizmente tardam em chegar.

Nota: Este texto chegou-me por e-mail.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Computador Magalhães



Nota: Conheça melhor o famoso computador Magalhães como grande bandeira deste governo. é uma reportagem da RTP.

domingo, 7 de setembro de 2008

Professores em fuga da escola

O texto, que se segue, espelha bem o estado de espírito que reina nas escolas portuguesas e contraria alguma euforia ministerial sobre o sucesso das suas acções. Descobri este texto no portal da educação - educare.pt e é assinado pela psicóloga Adriana Campos. Vale a pena ler com muita atenção:

"É com pesar que vou constatando a fuga de bons professores para a reforma, com muito ainda para dar...
Se, no final do ano lectivo anterior, tivesse sido feito um estudo com o objectivo de avaliar o nível de motivação da classe docente, os resultados seriam assustadores. Mesmo sem fazer nenhum estudo, pelo facto de trabalhar em contexto escolar, há já vários anos, tenho a noção clara de que, do lado da desmotivação, se encontraria a maior parte dos professores. O mais preocupante é que entre os desmotivados, não se encontram apenas os que menos têm dado à escola, mas também e sobretudo excelentes profissionais, que sempre procuraram desempenhar com brio a sua actividade profissional. É com pesar que vou constatando a fuga de bons professores para a reforma, com muito ainda para dar. Os bons profissionais com quem trabalho, que felizmente são muitos, queixam-se essencialmente da burocratização do ensino, que lhe retira tempo para estar com os alunos, do sistema de avaliação que está a ser implementado, da falta de valorização e apoio ao seu trabalho e do excesso de tarefas a desempenhar. Sendo a motivação o motor principal da evolução das organizações, confesso que há motivos sérios para todos nós nos preocuparmos, uma vez que sem motivação é difícil obter bons resultados, seja em que actividade for. Professores desmotivados terão mais dificuldade em oferecer estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz. (...)
A mudança e a crise andam sempre associadas, mas confesso que em todo este processo parecem faltar peças que ajudem os visados a reorganizarem-se. Anda tudo atarantado à espera de mais e mais medidas, que todos antecipam como penalizadoras... Não é possível que, vivendo os professores nesta ansiedade, os alunos não sejam atingidos, por muito bons profissionais que os primeiros sejam.Confesso que ainda não tinha abordado este tema porque gostaria de trazer algo de novo para a discussão. No entanto, à falta de novidades, e porque um novo ano vai começar, pareceu-me importante sublinhar que HÁ EXCELENTES PROFISSIONAIS NAS ESCOLAS, cujo desempenho é indispensável valorizar. Mais ainda, é fundamental os responsáveis pela Educação estudarem a fundo os factores que influenciam a motivação, de forma a ficarem na posse da chave que poderá abrir, sem falsos resultados, o caminho para o sucesso da organização escolar".
Fonte: educare.pt

sábado, 6 de setembro de 2008

Ano novo regras novas para 2008/09

O novo ano lectivo acarreta consigo algumas novidades, então vejamos:

1)Mais professores avaliados;
2)Cartão electrónico nas escolas;
3)Eleição de novos directores;
4)Menos professores por turma no 2.º ciclo;
5) 500 mil portáteis para os alunos do 1.º ciclo;
6) Alterações na mobilidade e colocação de professores declarados.

O novo ano arrancará entre 10 e 15 de Setembro, período estipulado pelo Ministério da Educação (ME) para o arranque do ano lectivo 2008/2009, desde o pré-escolar ao secundário. As aulas terminarão a partir de 9 de Junho de 2009 para os alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, enquanto os restantes acabarão o ano a partir de 19 de Junho e o pré-escolar entre 6 e 10 de Julho. As interrupções lectivas estão previstas de 19 de Dezembro de 2008 a 4 de Janeiro de 2009, de 23 a 25 de Fevereiro de 2009 e de 28 de Março a 13 de Abril de 2009.

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) chamou a atenção para uma aposta na qualidade da Educação, para a melhoria das condições de trabalho e para um mais apertado combate ao insucesso escolar. Em comunicado, a FNE sublinhou que este ano lectivo "deve ser aproveitado para que se produzam mudanças significativas em termos de melhoria da qualidade da Educação em Portugal" e defendeu um reajustamento na dimensão das turmas, de forma a que se adeqúe às "necessidades de desenvolvimento de processos de aprendizagem consistentes". A FNE defendeu que os espaços de trabalho devem ter boas condições, considerando inaceitável que aulas decorram em bibliotecas e cantinas. "O que tem acontecido é que em muitas circunstâncias os professores atendem encarregados de educação em átrios ou em polivalentes, sem o mínimo de condições de dignidade", exemplificou.

No início deste ano o ME:
- oferece um livro a cada um dos 115 mil alunos que entram pela primeira vez na escola;
- patrocina a segunda edição do Prémio Nacional de Professores está em curso e as candidaturas devem ser apresentadas até ao próximo dia 15. Este ano serão atribuídos o Prémio Carreira, o Prémio Integração, o Prémio Inovação e o Prémio Liderança.

Outras mudanças:
- As etapas do processo que dizem respeito ao regime de autonomia e gestão das escolas devem estar terminadas até ao final de Maio de 2009, incluindo a alteração dos regulamentos internos dos estabelecimentos de ensino e a eleição do primeiro director;
- A assembleia de escola deixa de existir e surge um conselho geral, que tem a tarefa de eleger e destituir o director, e é constituído por representantes de professores, alunos, pais e autarquias. Neste conselho geral, estipulou-se que a participação dos trabalhadores docentes e não docentes não pode exceder os 50%;
- O conselho pedagógico mantém-se, só que é designado pelo director. Prevê-se ainda que o período de transição e de adaptação ao novo regime seja assegurado por um conselho geral transitório. Para o ME, esta legislação "visa reforçar a participação das famílias e das comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino, favorecer a constituição de lideranças fortes e reforçar a autonomia das escolas";
- Trabalho transversal - uma nova distribuição de serviço lectivo para que haja menos professores por turma no 2.º ciclo. O ME pretende "colmatar quer a excessiva disciplinarização da função docente no 2.º ciclo, quer alguns constrangimentos ao nível do cumprimento dos objectivos e das finalidades que presidem à criação das áreas curriculares não disciplinares". A ideia é facilitar o trabalho transversal e cumprir o projecto curricular de turma. "A distribuição do serviço docente, no 2.º ciclo, passa a assegurar, sempre que possível, que cada docente leccione à mesma turma as disciplinas ou áreas disciplinares ou áreas disciplinares relativas ao seu grupo de recrutamento".
- Novas regras para a constituição dos centros de formação de associações de escolas, na linha da formação contínua destinada a professores. Os planos de acção devem basear-se nas reais necessidades de formação, indicar os objectivos a atingir, o público-alvo a abordar, bem como identificar as áreas consideradas prioritárias. Esses planos devem ainda ser objecto de acreditação pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua de Professores. As condições de concretização desses planos são contratualizadas com entidades externas, como instituições de ensino superior e associações profissionais de professores;
- O novo Estatuto do Aluno deverá entrar em pleno durante o ano lectivo. Se o aluno faltar sem justificação à prova de recuperação fica retido, no caso do Ensino Básico, ou excluído da frequência da disciplina, no caso do Secundário. O prazo limite de faltas a partir do qual o aluno é sujeito a medidas correctivas e à realização de uma prova de recuperação, mas só no caso de se tratar exclusivamente de ausências injustificadas, passou entretanto de três para duas semanas, se o aluno estiver no 1.º ciclo; e do triplo para o dobro dos tempos lectivos semanais de uma disciplina, se o estudante frequentar os restantes níveis de ensino. O aluno pode transitar de ano sem comparecer nas aulas, desde que obtenha aprovação na prova de recuperação, não sendo definido qualquer limite para o número de testes a que pode ser sujeito;
- O Plano Tecnológico da Educação (PTE) já avançou com algumas medidas no anterior ano lectivo. O PTE é um programa de modernização tecnológica destinado a todas as escolas do país e que assenta em três eixos de actuação: tecnologia, conteúdos e formação. O principal objectivo é colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica até 2010. Até lá, os estabelecimentos de ensino serão equipados com 310 mil computadores, nove mil quadros interactivos e 25 mil videoprojectores. Tudo num investimento de cerca de 400 milhões de euros;
- O ME continua a entregar computadores a alunos do 3.º ciclo no âmbito do programa e.escolas e, durante 2009, vai disponibilizar 500 mil portáteis aos alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico, com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos;
- Alargou o apoio da Acção Social Escolar quase triplicando o número de alunos abrangido pelo apoio.
Fonte: Educare

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A estratégia do lobo


Comentário: Esta deveria ser a estratégia utilizada pelos professores para "atacar" o ME. Uma estratégia que envolvesse a "alcateia" na sua totalidade e não somente alguns lobos.

domingo, 31 de agosto de 2008

O ME é um centro de desemprego

Li no DN online que as estimativas das maiores estruturas sindicais dos professores estão muito longe de coincidir. "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), contou cerca de 55 mil, o que siginficaria que mais de 47 mil acabaram excluídos. Já a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) chegou a contas bem maiores: acima de 70 mil candidatos, o que equivaleria a mais de 62 mil sem contrato.Nestes concursos ficaram também sem colocação cerca de 1050 professores dos quadros de zona pedagógica (QZP), que concorreram por não terem serviço distribuído nas escolas a que estiveram afectos em 2007/2008. Discrepâncias contabilísticas à parte, os sindicatos concordavam ontem, no essencial, na apreciação a estes concursos."O Ministério da Educação disse que já tem os professores suficientes para o sistema educativo [120 mil], mas não levou em conta as áreas onde o sistema é insuficiente, como o pré-escolar, o secundário (que precisa de mais alunos) ou a Educação especial", disse ao DN Dias da Silva, secretário-Geral da FNE. "No pré-escolar e no 1.º ciclo não houve uma única contratação", reforçou Mário Nogueira, líder da Fenprof, lembrando os compromissos do Governo para reforçar estes sectores. "A senhora ministra já disse várias vezes que o Ministério da Educação não é um centro de emprego, mas a verdade é que está a transformá-lo num centro de desemprego. Até os professores dos quadros estão a ficar de fora", criticou. Para o sindicalista, isso sucede "porque os professores nas escolas estão sobrecarregados, até com horários ilegais". Depois destes concursos decorrerão, até ao final de Outubro, as contratações cíclicas, em que tradicionalmente são integrados dois a três mil candidatos, seguindo-se as contratações directas pelas escolas".

Assim, é certo que entre 47 a 62 mil professores ficaram desempregados.


Fonte: DN online

sábado, 30 de agosto de 2008

ME continua a sua campanha de desinformação

"O número de professores já colocados nas escolas portuguesas ascende a 125 mil, o que para o Ministério da Educação significa que "as escolas estão dotadas com o número de docentes necessário ao seu normal funcionamento".O gabinete da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, anunciou em comunicado emitido ao princípio da noite de hoje que, "neste momento, estão colocados 92.366 professores de Quadros de Escola e 29.133 dos Quadros de Zona Pedagógica". ( Público - 29/08/08)
Comentário: Os professores do Quadro de Escola não concorreram já estavam nas escolas, pois não houve concurso para o efeito ( o concurso será durante este ano lectivo). Assim, este ME não informa mas desinforma os meios de comunicação social. O mesmo acontece com a grande maioria dos professores dos Quadros de Zona Pedagógica.
"A estes 121.499 docentes dos quadros acrescem 3566 contratados a quem foi renovada a colocação. Ou seja, entre professores dos quadros e contratados, as escolas contam já com cerca de 125 mil docentes", precisa.
Comentário1: Este ME é de facto magnânimo... ( 3566 contratados, muito bem...).
Fonte: Público

sábado, 23 de agosto de 2008

Vivas ao campeão Nélson Évora!!!

Nélson Évora é campeão olímpico do triplo salto nos Jogos Olímpicos de Pequim. O atleta português venceu a medalha de ouro com a marca de 17,67 metros, tendo feito apenas um salto nulo nas seis tentativas. A medalha de prata foi para o britânico Philips Idowo (17,62 metros) e a de bronze para Leevan Sands, das Bahamas (17,59 metros).


Nélson Évora chegou ao ouro olímpico ao vencer a prova do triplo salto, superando o britânico Philips Idowu, o campeão mundial de pista coberta e até hoje detentor da melhor marca mundial do ano.

O saltador português assumiu a liderança do concurso ao segundo salto, com a marca de 17,56 metros, mas perdeu o comando na ronda seguinte primeiro para o bahamiano Leevan Sands (17,59) e depois para Idowu (17,62).



Os adversários do atleta do Benfica não fizeram depois melhor e Nélson no seu quarto salto chegou aos 17,67 metros, um registo que lhe valeu a medalha de ouro, a primeira de Portugal nestes Jogos Olímpicos, bem como passar para a liderança mundial do ano, na especialidade.



Nélson Évora é o quarto campeão olímpico português no atletismo, depois de Carlos Lopes (1984) e Rosa Mota (1988) na maratona e de Fernanda Ribeiro (1996) nos 10.000 metros.

Fonte: Sapo



segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Os Três mosqueteiros




Jorge Pedreira (n. 1958) tem um percurso académico e sindical cheio de eventos significativos. Licenciado em História e Doutorado em Sociologia - mais um sociólogo! - é professor auxiliar de sociologia histórica (seja lá o que isso queira dizer!) na Universidade Nova e foi o fundador do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP), seu vice-presidente entre 1990 e 1996 e seu Presidente entre 1996 e 1998. Como é que é possível que o fundador e dirigente máximo de um sindicato de professores, uma vez no Governo, venha a tratar tão mal os professores e os seus sindicatos? O que é que se passou na cabeça de JP? Que corte cognitivo ocorreu?
Valter Lemos (n. 1965) é licenciado em ensino da Biologia e mestre em educação. Nunca fez o doutoramento. Tem a categoria de professor coordenador do quadro do Instituto Politécnico de Castelo Branco (topo da carreira). Foi professor de Biologia no 2º CEB durante dois ou três anos, assessor para a Educação do Governo de Macau, entre 1981 e 1983, bolseiro durante dois anos (1983 a 1985), com o objectivo de concluir o mestrado em educação e professor da Escola de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde exerceu sucessivamente os cargos de presidente da Escola e de presidente do Instituto. É autor de um livro de 100 páginas sobre critérios de avaliação escolar (O Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem), onde expôs uma teoria de avaliação centrada na construção do sucesso para todos. Depois de ter sido autarca pelo CDS, abandonou o partido e ligou-se ao PS.
Maria de Lurdes Rodrigues (n. 1956) foi professora do ensino primário e fez a licenciatura em Sociologia, no ISCTE, em regime nocturno. De seguida, fez o doutoramento em Sociologia (no ISCTE) com uma tese sobre a sociologia das profissões. O seu orientador de doutoramento foi João Freire, a quem ela solicitou o estudo sobre a carreira docente que iria estar na base do novo estatuto da carreira docente que criou as duas categorias de professor e introduziu limites administrativos à progressão na carreira. Na juventude, foi cooperante em Moçambique e esteve ligada a movimentos ideológicos da extrema-esquerda. Ocupa a categoria de professora associada com agregação, no ISCTE, e é membro do Centro de Investigação em Estudos Sociais (CIES), um unidade de investigação, com sede no ISCTE, que tem vindo a executar quase todos os estudos de avaliação encomendados pelo ME.
Quer colaborar com a sua opinião para explicar as razões que levaram estes 3 ex-professores a realizarem tantas malfeitorias contra os professores? O que se terá passado? Que corte cognitivo efectuaram? Que experiências os conduziram até aqui? Por favor, utilize argumentos e factos e não use uma linguagem insultuosa.
Fonte texto: blogue profavaliacao

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Média de Português subiu na 2ª Fase

"No exame de Português, a média subiu de 10,4 para 11,3, ou seja, quatro por cento dos alunos chumbaram, contra os oito do ano anterior.

Primeira fase mais positiva

Na primeira fase a taxa de reprovação no exame de Matemática A baixou para sete por cento, contra os 18 por cento do ano passado, numa prova em que a média de notas foi de 12,5 valores. A taxa de reprovação dos 36.674 alunos que fizeram a prova é menos de metade da verificada no ano passado (18 por cento) e cerca de um quarto da de 2006 (29 por cento).

Na altura o Ministério da Educação disse que os resultados deste ano resultam do "efeito combinado de três factores": "mais tempo de trabalho e estudo por parte dos alunos acompanhado pelos professores no âmbito do Plano de Acção para a Matemática", "provas de exame correctamente elaboradas, sem erros e com mais tempo de realização" e um "maior alinhamento entre o exame, o programa e o trabalho desenvolvido pelos professores". (Público)

Comentário: E agora como o é que o ME explica esta descida?


"Na primeira fase o resultado a português foi mais negro que em 2007 mas, ainda assim, melhor que o da segunda fase, o que costuma ser regra todos os anos. Dos 60.281 alunos que fizeram a prova de Português oito por cento "chumbaram" (um acréscimo face aos cinco por cento verificados em 2007 e 2006). A média de notas tem vindo a decrescer: dos 11,6 valores de 2006 passou-se para 10,8 valores no ano passado e para os 9,7 valores deste ano.

Na área de Ciências, registou-se, na primeira fase, uma melhoria nos resultados da Física e Química A, que ainda assim registou uma taxa de "chumbos" de 22 por cento (a mais alta percentagem de reprovações em todos os exames). Estes resultados representam uma melhoria face a 2007 (31 por cento de reprovações), mas são piores do que os de 2006 (21 por cento de chumbos) Os 31.760 alunos que fizeram esta prova obtiveram uma média de 9,3 valores (contra os 7,2 valores de 2007 e os 7,4 de 2006).

Quanto a Biologia e Geologia, dos 39.890 alunos que fizeram a prova chumbaram oito por cento (uma melhoria face aos 12 por cento de 2007 e aos nove por cento de 2006). A média de Biologia e Geologia passou de 9,1 valores em 2007 para 10,5 valores este ano". (Público )

Comentário:
No exame de Português da segunda fase já se esperava que os resultados melhorassem, pois como ficou claro esta prova estava mais ajustada. A prova da primeira fase trouxe fantasmas do passado e, mais grave, alguns erros detectados na correcção não foram admitidos pelo ME e pelo Gave, o que é grave.
Assim, está em causa um princípio fundamental no ensino: a equidade das provas. A partir daqui cada um tire as conclusões que bem entender...

sábado, 26 de julho de 2008

Lobo Antunes recebeu prémio Camões

António Lobo Antunes recebeu o Prémio Camões, atribuído a escritores de língua portuguesa, numa cerimónia realizada nos Claustros dos Jerónimos, de onde os portugueses prepararam a partida para a conquista do mundo no século XV.

O prémio foi entregue por Cavaco Silva e pelo seu homólogo brasileiro num dia marcado também pelo encerramento da VII Cimeira de Chefes de Estado da CPLP onde a língua portuguesa e o acordo ortográfico foram colocados em destaque. Cavaco Silva elogiou a obra de Lobo Antunes.



Todos os portugueses «estão gratos pelo enorme contributo que (António Lobo Antunes) tem dado à nossa língua», disse o Presidente da República.

Lula da Silva reforçou a importância do prémio para o crescimento da CPLP e lembrou os laços de Lobo Antunes ao Brasil uma vez que o avô do escritor nasceu em Belém do Pará. «Não hesito em afirmar que esta edição do Prémio Camões reforça o objectivo fazer da CPLP um actor de relevo na promoção da convivência pacífica e solidária entre povos e crenças», salientou o Presidente da República Federativa do Brasil.

António Lobo Antunes, depois de um discurso de improviso onde citou muitos escritores lusófonos, garantiu publicamente que independentemente do Acordo Ortográfico vai continuar a escrever da mesma maneira.

«É-me indiferente. Vou continuar a escrever da mesma maneira, com acordo ou sem acordo», garantiu Lobo Antunes.

Hoje é anunciado o escritor que irá receber, em 2009, no Brasil, o Prémio Camões.

Lobo Antunes prefere não apontar preferências para este prémio com receio de estar a esquecer algum nome.

Os países que fazem parte da lusofonia vão continuar a apostar na língua que os unes para reforçar os laços económicos e afectivos.

Fonte: SAPO

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Distribuição do serviço lectivo 2008/09

O SPZN no seu sítio explica claramente como deve ser feita a distribuição do serviço lectivo para o próximo ano lectivo. Aí encontramos exemplos e explicações sábias e documentadas acerca do assunto. Para saberes tudo, navega em:

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Segunda fase dos exames nacionais


A segunda fase dos exames nacionais do secundário arranca hoje, com a prova de português do 12º ano, e termina no próximo dia 18, sendo os resultados afixados a 30 de Julho.
Segundo dados avançados pelo Ministério da Educação, 157.718 alunos do secundário (menos 11.849 do que em 2007) inscreveram-se este ano para fazer exames, dos quais 96.953 são candidatos ao Ensino Superior.

Seguindo uma tendência recorrente nos anos anteriores, inscreveram-se mais quase 20.000 raparigas (19.956) do que rapazes.

Diário Digital / Lusa

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Concursos de Professores 2009

Princesa do Rabagão

Razões para o naufrágio no exame de Português

Matias Alves no seu blogue Terrear aponta algumas razões para o insucesso no exame de Português:

"Os Resultados são explicáveis à luz de 3 variáveis chave destes resultados:

a) a Prova tecnicamente mal elaborada na sua relação com o programa;
b) os critérios de correcção/classificação;
c) a intensa (às vezes, imensa) subjectividade dos classificadores -reforçada por questões ambíguas e pretextos dispensáveis.

A escassa fiabilidade das classificações e a validade problemática podem ameaçar mortalmente os exames. Se não se perceberem as causas dos problemas nunca mais se acerta na solução".

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Pastor - Madredeus

Vila da Ponte - A aldeia


Nota: Clicar na imagem para a ampliar.

Prova de Português foi confusa e duvidosa...

A Associação de Professores de Português classificou de "duvidosa e confusa" a prova de Português do 12º ano. Assim reza o jornal Público:
"A Associação de Professores de Português (APP) culpa a má formulação da prova pelos piores resultados dos últimos anos. "Os maus resultados [a português] não surpreenderam porque a prova apresentava toda uma série de questões mal formuladas que levaram os alunos à confusão. Esta quebra não se deve a falta do bom ensino de Português ou falta de preparação, mas sim exclusivamente à prova que os alunos tiveram à frente", afirmou hoje à Agência Lusa a vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP), Edviges Antunes Ferreira. A responsável lembrou que tanto o primeiro como o segundo grupo do exame de Português do 12º ano "suscitaram várias dúvidas" à APP e a inúmeros professores, salientando que "nem os alunos nem os docentes podem ser responsabilizados pelos fracos resultados". "Os professores leccionaram e preparam os alunos este ano como sempre o fizeram nos anos anteriores. Há uma coisa que está mal nisto tudo e de certeza que não é a forma como os professores leccionam o Português", reiterou. A média de notas no exame de Português do 12º deste ano ficou abaixo dos 10 valores (numa escala até 20) pela primeira vez em três anos, situando-se nos 9,7 valores face aos 10,8 de 2007. Edviges Antunes Ferreira afirmou ver "com bons olhos" o reforço das medidas de apoio da disciplina no Secundário anunciado pelo Ministério da Educação na sexta-feira passada. "Qualquer reforço a nível da carga horária em Português é fundamental para melhorar o desempenho dos alunos. Mas não tenho dúvidas de que se os alunos no próximo ano forem confrontados outra vez com uma prova deste calibre os resultados não vão melhorar, vão ser os mesmos", considerou".
Nota: É claro que os professores de Português podem já adivinhar a chegada de um famoso plano, à semelhança do que aconteceu com a disciplina de Matemática, elaborado de uma forma salvadora pelo ME. E no final do próximo ano lectivo repetir-se-á o filme matemático ( pura adivinhação!!!).

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Presidente do Conselho Executivo e o tempo

A chave para que o PCE/director consiga equilibrar a vida privada com a vida profissional e, ainda assim, ser eficaz e disponível, é usar bem o tempo. Eis algumas dicas sobre como usar bem o tempo:
1. Utilize os encontros casuais com os professores para dar feedback positivo. Nos contactos casuais com os professores, seja nos corredores, na sala dos professores ou no bar, não se esqueça de os encorajar. Elogie quando for caso disso.
2.Ande sempre com um bloco de notas. Desenvolva o hábito de escrever notas e anote o que lhe parece bem e aquilo que necessita de ser mudado.
3. Escreva notas dirigidas aos professores e coloque-as nos cacifos. Por exemplo: "Que belo trabalho fizeste ontem à tarde com aqueles alunos!" Ou: "Obrigado por teres ficado mais tempo".
4.Quando se deslocar em serviço para fora da escola, leve um portátil com ligação à Net e aproveite para adiantar o trabalho que tem de fazer no Gabinete. Por exemplo, ler e responder a emails, escrever uma convocatória, dar uma vista de olhos pelo meu blog (Ah! Esta foi a brincar!), visitar as páginas web do ME, da DGRHE ou da DGIDC.
5. Aproveite o almoço para estar com os professores, conversar com eles, fazer perguntas e socializar. A melhor forma de o fazer é almoçar, de vez em quando, na cantina da escola.
6. Visite a Biblioteca com frequência e trabalhe lá um pouco de vez emquando. Dessa forma, pode verificar in loco o funcionamento de um dos espaços mais importantes da escola.
7. Quando precisar de fazer um intervalo no seu trabalho diário no Gabinete, dê um salto ao bar ou à sala dos professores. Procure não passar mais de três horas seguidas no seu Gabinete sem fazer um intervalo de vinte minutos pelo meio.
Nota: Texto transcrito do blogue: http://www.professoresramiromarques.blogspot.com/

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A Ministra que quer ficar na História sem história...


Li no jornal Público ( de 02.07.2008) que:

O Ministério da Educação teve uma ideia brilhante -
Educação inaugura galeria para lembrar os seus quase 100 ministros.
E continua:
"Foi em 1870 que foi criado o Ministério dos Negócios da Instrução Pública. Em 138 anos de história, quase uma centena de ministros (93 até agora) foram titulares da pasta da Educação. Os retratos de todos estão desde hoje expostos no átrio do Ministério da Educação (ME), na 5 de Outubro, em Lisboa, numa espécie de reconhecimento aos que com “saber, esforço e sofrimento ajudam a construir o futuro deste país”, justificou a actual ministra, Maria de Lurdes Rodrigues

A inauguração da “galeria dos ministros da Educação” realizou-se hoje e justifica-se ainda mais “num país que nem sempre é grato, que nem sempre tem boa memória e que é pessimista”, declarou Maria de Lurdes Rodrigues, num átrio cheio de ex-titulares da pasta e ex-secretários de Estado; o ambiente da reunião, com tantos abraços, saudades e recordações, fazia lembrar uma reunião de antigos alunos.



Coube a Veiga Simão (1970-74) descerrar os panos que cobriam os painéis, felicitar a ministra pela ideia simbólica que valoriza “o amor à pátria e a confiança no futuro” e desejar que o retrato de Maria de Lurdes Rodrigues só venha a integrar a galeria em 2009, no final do seu mandato.

Se assim for, Rodrigues entrará para a história da democracia como a ministra que mais tempo se manteve à frente da pasta. Dos 25 ministros que por lá passaram desde o 25 de Abril, só dois – Roberto Carneiro (1987-91) e Marçal Grilo (1995-99) – cumpriram o mandato. E será com “orgulho” que figurará na galeria onde estão outros governantes que não aguentaram mais do que uns meses, como foi o caso da sua antecessora, Maria do Carmo Seabra (2004-05)".

Comentário: Ao princípio fiquei indiferente a esta notícia, depois pensei: esta ministra quer afinal ficar na História. Não lhe chegava o péssimo trabalho que tem feito, e por isso será lembrada, tem, agora, esta ideia bombástica de se colocar na galeria dos ministros da educação. Só assim será lembrada ou não.

Se a ideia parece positiva, não o é por ter vindo de onde veio e no momento em que chegou.

sábado, 28 de junho de 2008

Ser Poeta - Ala dos Namorados

A autonomia das escolas é uma miragem...


"Partindo das escolas, dos professores, dos alunos e das famílias que existem, importa criar mecanismos de apoio externo à autoregulação e à melhoria do desempenho de escolas e professores. Para serem positivamente diferentes, construindo respostas educativas adequadas à singularidade dos seus públicos e dos seus contextos, as escolas precisam de real autonomia e não de mais controlo. A segunda condição é a de reconhecer a importância decisiva dos professores, promovendo situações de crescente valorização objectiva e subjectiva da profissão docente. Incentivar o potencial criativo dos professores e das escolas implica reconhecer a pertinência de infringir regras estabelecidas, inventando práticas novas. Só um saber que provenha do interior do campo profissional pode alimentar a construção de “respostas diferentes para alunos diferentes”. Inovar sob tutela é um paradoxo e uma impossibilidade."
Quem assim fala é Rui Canário numa excelente peça pedagógica intitulada "Escolas:O elogio da diversidade" publicado na revista Noesis, número n.º 73 Abril/Junho 2008.
Este é mais um testemunho de quem realmente percebe e conhece os problemas que afligem a educação, mas que os iluminados do ME não lêem. Os mesmos estão, eventualmente, preocupados com a evolução do sistema educativo chileno.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A Ministra e as estatísticas

Li no editorial do Público de 19 de Junho que "não precisamos de boas estatísticas, precisamos de bons alunos". A seguir afirma-se "Três anos e meio depois, é cada vez mais claro que uma mulher que se apresentou como grande reformadora do sistema educacional, e que tomou algumas medidas correctas e importantes no início do seu mandato, há muito que passou a funcionar apenas em função do resultados estatísticos que puder apresentar".
Perante estas afirmações apetece-me dizer que a sociedade portuguesa, em geral, apoiou a ministra e não percebeu aquilo que os professores compreenderam desde o início: esta ministra e este governo só queriam estatisticar.
Na verdade temos melhores estatísticas mas não temos, seguramente, melhores alunos. É lamentável que a grande maioria dos opinadores nacionais ( que pouco percebem do sistema educativo ) sempre esteve ao lado da ministra e das suas políticas, agora começam a perceber que tudo não passou de uma magia enganadora.
Uma ministra que se arroga detentora de toda a pedagoia não se lembra da máxima socrática ( não confundir com o outro ) "só sei que nada sei", e muito sabia este filósofo.
Uma ministra que todos os dias pensa em diminuir os professores e a seriedade do seu trabalho - sabe de certeza muito.
Uma ministra que aparenta saber mais do que as associações de professores, sejam elas de Português ou de Matemática e outras - mostra saber muito pouco.
Esta ministra precisa, tal como o seu mentor, em argumentar seriamente o que diz e não em dizer o que não sabe, recorde o princípio socrático.
A. Serip