quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

La Luna



La Luna (A Lua) é um curta-metragem da Pixar Animation Studios, dirigido e escrito por Enrico Casarosa, foi exibido em 2012 nas sessões do filme Valente, antes que o longa começasse. La Luna teve uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação.

A sinopse oficial conta que “La luna” “é uma fábula eterna sobre um menino que está crescendo em circunstâncias muito especiais”. A projeção, com duração de pouco menos de sete minutos, passa-se ao longo de uma noite – a primeira vez que o garoto acompanha o pai e o avô no trabalho. O trio sai pelo mar a bordo de um bote de madeira.

Pensamento


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Vida Maria



Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.

O filme mostra-nos a história de rotina da personagem “Maria José”, uma menina de cinco anos de idade que se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça. Enquanto trabalha ela cresce, casa e tem filhos e depois envelhece e o ciclo continua a reproduzir-se nas outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Pensamento


Como estava a educação há dez anos?

A história dos últimos 10 anos na Educação é, sem margem para dúvidas, uma história de sucessos. Não faltam indicadores para o confirmar: a taxa real de escolarização aumentou, a escolaridade da população jovem é muitíssimo superior ao que era, a pré-escolarização alargou-se, o abandono escolar precoce caiu a pique, a rede de escolas ajustou-se às necessidades do país, os desempenhos dos alunos portugueses nas avaliações internacionais melhoraram sistematicamente e as taxas de retenção estão mais baixas.

A outra face desta história de sucessos é a quantidade de desafios de resposta cada vez mais urgente que se vão amontoando. Não são poucos: fazer face à evolução demográfica na composição da rede de oferta formativa, introduzir crescente autonomia nas escolas, alargar a pré-escolarização a mais crianças e durante mais tempo, prosseguir na redução do abandono escolar, salvaguardar a qualidade das aprendizagens e gerir os recursos humanos (escassos) para todos estes desafios.
(...)
Os professores estão no centro do sistema educativo e são a peça central para o sucesso das reformas educativas em curso. Isso é particularmente evidente no que respeita ao reforço da autonomia das escolas, que exige tempo de planeamento aos professores e que dificilmente poderá ser bem-sucedida com profissionais cansados e sobrecarregados. Há, portanto, que atenuar a pressão de que são alvo e preparar a sucessão (pois uma parte significativa irá em breve para a reforma): nos próximos 10 anos, o que de bom e mau acontecer na educação terá muito a ver com a forma encontrada pelo Estado para lidar com as necessidades profissionais dos professores.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

As leituras dos bibliotecários municipais

Jorge Luís Borges via o paraíso como uma espécie de biblioteca – e eu diria que, para quem adora ler, nada é mais natural (e que, abstraindo dos ácaros do pó e dos peixinhos de prata – verdadeiras pragas –, todos os Extraordinários gostariam provavelmente de viver num mundo parecido com esse, cheio de livros à mão). Como será, contudo, com os que passam realmente os seus dias numa biblioteca – os bibliotecários? Uma mestranda da FCSH da Universidade Nova (na área do documentalismo) fez uma tese sobre as leituras dos bibliotecários das Bibliotecas Municipais de Lisboa – e, para mim, as surpresas foram bastante grandes. Em primeiro lugar, dos 16 entrevistados (um por biblioteca), só uma minoria falou da leitura por prazer; pelos vistos, lêem sobretudo coisas que têm que ver com a sua profissão, para se manterem informados e actualizados, mas nem todos «desfrutam» como nós de um bom romance ou ensaio, por exemplo. Em segundo lugar (talvez consequência da circunstância que acima referi), a maioria não requisita livros na biblioteca, compra-os; o que é paradoxal, mesmo que saibamos que as bibliotecas não adquirem tudo o que seria necessário e estão muito sequinhas de publicações de nicho e mais recentes (a crise não ajudou e houve anos em que não houve praticamente aquisições). Por fim, todos afirmaram ter grande disponibilidade para ler e fazê-lo diariamente (quando eu pensava que, por estarem sempre ao pé dos livros, se calhar chegavam a casa e queriam ver séries). No fundo, estamos sempre a aprender.