Reli e gostei...
Obra das mais notáveis e características do autor. Pintor por excelência das paixões ardentes, das almas atormentadas e dos grandes dramas interiores, Mauriac atinge em O Nó De Víboras um dos pontos mais altos no tratamento desta temática verdadeiramente obsessiva em toda a sua obra.
Ao longo das páginas, um homem, velho e doente, atormentado pelo ódio, roído pela avareza e pela fome de vingança, abre o seu coração, que ele próprio classifica como um nó de víboras – um nó impossível de desatar, que seria necessário cortar com uma faca ou com uma espada.
Mas através deste monólogo de moribundo transparece também o deserto de sentimentos que era a alma dos seus, roídos, eles também, por paixões ardentes e mesquinhas. O Nó De Víboras, afinal, não era apenas o seu coração enfermo. As víboras tinham formado à volta dele um outro nó, hediondo e repugnante.
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