segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

A youtuberculose escolar

 

É completamente possível substituir muito professor por máquinas, com enorme vantagem para quem aprende e para quem ensina. Dito isto, custa assim tanto entender que ninguém defende que se substituam professores por máquinas? Trata-se de mudar a forma de aprender. Uma rede digital pública, livre, acessível, sem latência, que aprende com quem aprende, construindo ambientes de realidade aumentada, disponível em todos os cantos do mundo, congraçando informação nos mais litorais e interiores lugares; sair à rua e olhar para um edifício, um quadro, um astro, uma foto, tendo disponível uma ficha de detalhe configurável, com curadoria científica, profissional, pedagógica, adequada à idade e custodiada ao modo de aprendizagem do aprendiz, explicando tudo de forma apelativa e direitinha não me parece evitável, ou sequer indesejável. Isso está a acontecer. Isso tem de acontecer. E vai acontecer com todas as previdências e salvaguardas constitucionais, porque nem todos somos parvos.

(...)

Nenhum professor teme ou deve temer a presença da máquina. Bem pelo contrário. Deve explorá-la e conhecê-la a fundo. A tecnologia faz parte da sua natureza evolutiva, como profissional que quer aprender. Achar que o papel de um professor se resume a ensinar, ofende tudo e todos. É recusar-lhe o prestígio da curiosidade.

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