sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dirigentes de escolas públicas nacionais repudiaram o modelo de avaliação

Dirigentes de escolas públicas nacionais repudiaram hoje o novo código de contratos públicos e o modelo de avaliação de professores em vigor, considerando tratarem-se de temáticas que prejudicam a qualidade de ensino.
(...)

Quanto ao modelo de avaliação em vigor, as críticas foram também pesadas, considerando-o «lesivo para a qualidade da escola, prejudicial para contribuir para um ambiente tranquilo» e nefasto por «criar profundas divergências entre professores da mesma escola».




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Douro no Caminho da Literatura

Ser Professor

O Estado democrático soçobraria sem a escola. O novo milénio atribui aos professores funções e competências indispensáveis ao desenvolvimento da sociedade do conhecimento.

O futuro tem que ser construído com os professores e as suas organizações. Nunca contra ou apesar deles.
Ser professor é a mais nobre dádiva à humanidade e o maior contributo para o progresso dos povos e das nações. E, como ninguém nasce professor, é necessário aprender-se a ser. Leva muitos anos de estudo, trabalho, sacrifício, altruísmo e até dor(...)
Se não for possível colocar um fim rápido a estas políticas de agressão profissional, oxalá uma década seja suficiente para repor toda uma classe nos trilhos do envolvimento, do empenhamento e do ânimo, que pressagiem o regresso ao bem-estar e à busca do desenvolvimento pessoal.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Bullying criminalizado

O secretário de Estado Adjunto e da Educação afirmou, em Coimbra, que a proposta de lei do Governo de criminalização da violência escolar se aplica apenas a maiores de 16 anos e a situações de "grande violência".

A proposta de lei, aprovada na semana passada na Assembleia da República, "é apenas para ser aplicada aos indivíduos com mais de 16 anos", afirmou Alexandre Ventura, em declarações aos jornalistas após a sessão de encerramento do curso de ensino à distância "Violência e Gestão de Conflitos na Escola", na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dois submarinos afundam cinco mil professores

A redução de cinco mil docentes ajudou a compensar a derrapagem da despesa com os dois submarinos.

O corte no número de professores do Estado permitiu travar o crescimento das despesas com pessoal de 2010, revelou ontem a Direcção-Geral do Orçamento. A redução de cinco mil docentes no actual ano lectivo foi um dos factores que ajudou a compensar a derrapagem da despesa pública provocada pelo pagamento dos dois submarinos. Mas não foi o único: as receitas tiveram de ser insufladas com o fundo de pensões da PT para que Teixeira dos Santos garantisse um défice abaixo dos 7,3% a Bruxelas.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sucesso dos alunos depende dos professores

Especialista norte-americano em educação defendeu hoje que os resultados dos estudantes dependem mais de terem bons professores do que do dinheiro gasto nas escolas, e que o êxito dos alunos tem um impacto decisivo no crescimento económico dos países.

Eric Hanushek, investigador na Universidade de Stanford, é especialista na análise económica aplicada aos assuntos educacionais e está em Lisboa, onde participou no encontro "Avaliação: como medir o valor acrescentado de escolas e professores?", organizado pelo Fórum para a Liberdade de Educação.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Que país é este?

Eça de Queirós continua actualíssimo e as mentalidades, a maneira de ser, a maneira de estar e de agir não mudou.

Fonte: Terrear

domingo, 14 de novembro de 2010

Profs... a culpa é deles

Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.
É evidente que a culpa é deles.
E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores.
Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.
A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.
O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.
Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano.
Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.
Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança.
Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.

Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão