sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sucesso dos alunos depende dos professores

Especialista norte-americano em educação defendeu hoje que os resultados dos estudantes dependem mais de terem bons professores do que do dinheiro gasto nas escolas, e que o êxito dos alunos tem um impacto decisivo no crescimento económico dos países.

Eric Hanushek, investigador na Universidade de Stanford, é especialista na análise económica aplicada aos assuntos educacionais e está em Lisboa, onde participou no encontro "Avaliação: como medir o valor acrescentado de escolas e professores?", organizado pelo Fórum para a Liberdade de Educação.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Que país é este?

Eça de Queirós continua actualíssimo e as mentalidades, a maneira de ser, a maneira de estar e de agir não mudou.

Fonte: Terrear

domingo, 14 de novembro de 2010

Profs... a culpa é deles

Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.
É evidente que a culpa é deles.
E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores.
Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.
A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.
O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.
Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano.
Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.
Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança.
Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.

Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão

domingo, 31 de outubro de 2010

A autoridade do professor...

Transcrevo um excerto da entrevista de Fernando Savater à revista Atual do Expresso:
Em Portugal, os professores já perderam as suas defesas.
Em Espanha, e noutros países europeus, aconteceu o mesmo. Há uma teoria, uma tendência, que iguala os professores aos alunos e que faz com que os professores percam o respeito dos alunos. Convencionou-se que o professor tem de inspirar respeito dentro da aula. Ora, se o professor tem tanta autoridade como o aluno a aula não funciona.
Fez o prefácio do "Panfleto Anti-Pedagógico" de Ricardo Moreno Castilho, onde ele defende um modelo de professor mais autoritário e, lgo, mais antigo.
Moreno Castilho defende um modelo de professor que seja possível dentro de uma sala de aula. As aulas não são uma reunião de amigos nem um recreio. São um lugar onde se transmite conhecimento. Toda a gente aceita e entende que um treinador de futebol dê ordens aos seus jogadores. Já o mesmo modelo numa escola parece que começou (erradamente) entendido como algo escandaloso.
Vale a pena reflectir nestas palavras de um Professor de Ética.
Fonte: Revista Atual, 30 de Outubro de 2010, Expresso

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Não tenho tempo para reuniões...

O tempo e as jabuticabas

'Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.' O essencial faz a vida valer a pena.

Rubem Alves

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Falta de hábitos de estudo



Em entrevista ao EDUCARE.PT, Fernanda Carrilho, autora do livro "Métodos e Técnicas de Estudo", lembra que o início do ano lectivo é o "momento ideal" para começar a planear a forma de estudar. Chama a atenção para o erro mais comum cometido pelos estudantes: deixar "acumular matéria". E revela quais os maiores inimigos do estudo: "Falta de motivação, de objectivos, pensamentos negativos e baixa auto-estima." Aos pais, apela que incutam nos seus educandos, desde logo, o hábito de consultar o dicionário.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Acabaram os ProfessoresTitulares... Oh!!!

"A carreira docente passa a estruturar-se numa única categoria, terminando a distinção entre professores e professores titulares", refere o Decreto-Lei n.º 75/2010, que entra em vigor hoje. Mantêm-se como mecanismos de selecção, para ingresso à profissão, a prova pública e o período probatório.

No preâmbulo, o diploma recorda que as alterações agora introduzidas ao Estatuto da Carreira Docente concretizam o acordo de princípios assinado a 8 de Janeiro com as organizações sindicais do sector.

O novo Estatuto introduz ainda novas regras de avaliação de desempenho.

"Os docentes com melhores resultados na avaliação de desempenho são premiados com a progressão mais rápida, ao mesmo tempo que, por outro lado, se permite diagnosticar situações que careçam de intervenção", refere o decreto-lei.

A progressão aos 5.º e 7.º escalões sem estar dependente de vaga é permitida aos docentes que obtenham na avaliação as menções de "Muito Bom" ou "Excelente", mas continuam dependentes de quotas, à semelhança do que acontece na generalidade dos trabalhadores da Administração Pública.

Contudo, estas notas que permitem uma progressão mais rápida ficam dependentes de o docente solicitar a observação de aulas.

Governo sublinhou ontem que a lei da função pública vai sobrepor-se ao ECD

Durante a revisão do Estatuto da Carreira Docente, o Governo chegou a apresentar aos sindicatos uma versão deste diploma completamente diferente da que estava a ser negociada, com várias referências à lei da função pública, mas acabou por retirar a proposta.
Fonte: Educare