segunda-feira, 16 de junho de 2025

domingo, 15 de junho de 2025

1000 x Camilo


No bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, chega-nos o nosso maior escritor romântico mas também dos mais satíricos, realistas e inovadores da literatura portuguesa. Começando na biografia, percorreremos o profissional, o romantismo, o Porto, o polemista, a sátira e a sua obsessão pela morte, entre tantos outros temas. E falaremos com nomes como Isabel Pires de Lima, Mário Cláudio, Manuel Sobrinho Simões, Júlio Machado Vaz, Rita Blanco ou Pedro Mexia, possibilitando uma paleta de cores que só Camilo permite.

domingo, 1 de junho de 2025

Palavras ditas, MALDITAS!

Li e gostei...

"À medida que a leitura avança, sente-se que aflora, em cada capítulo, uma autora criadora de um enredo cujo movimento nela se encaixa e se nutre de novos conteúdos ficcionais, afirmando-se, de um modo inequívoco, possuidora de pleno conhecimento deste género narrativo tão fundante na história da literatura portuguesa.
(...) Escrita e lida num presente histórico em que a família, aqui representada, estuando nas personagens Bernardo e Manuela, está embutida numa malha de enredos existenciais, esta novela está orientada para um destino histórico, pela sua multívoca, polifónica e polivalente".
Prefácio - Maria Adelina Vieira

 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Palomar

Li e gostei...


Será possível encontrarmos um sentido nas coisas, no mundo à nossa volta? E dentro de nós próprios? O senhor Palomar está muito longe de ter alguma certeza quanto a tudo isso. Todavia, continua à procura. Homem excêntrico em busca de conhecimento, visionário num mundo sublime e ridículo, Palomar é um observador nato. «Só depois de ter conhecido a superfície das coisas», acredita ele, «nos podemos aventurar a procurar o que está por baixo.» Seja contemplando um seio nu, uma loja de queijos em Paris, a barriga de uma osga ou os céus de Roma invadidos por estorninhos, o senhor Palomar oferece-nos uma visão do mundo familiar, mas fragmentada pela perceção individual.

Último livro publicado em vida por Italo Calvino, Palomar é uma narrativa fascinante sobre a vertigem do homem diante dos inexoráveis mistérios do universo. Um autêntico testamento literário de um dos maiores escritores do século XX, que conduz o leitor através de um inquérito de resultados surpreendentes: o senhor Palomar é sem dúvida o autor, mas não só. Somos todos nós, os leitores deste livro empolgante, um dos mais profundos da literatura de todos os tempos.


 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

O Amor nos Tempos de Cólera

Reli e gostei...


A estória de amor vivida por Florentino Ariza e Firmina Daza é contada com toda magia do realismo fantástico de Gabriel. É um livro envolvente, que cativa o leitor do começo ao fim e que acaba torcendo pelo final feliz. As reflexoes sobre a vida, o amor e a morte, temas constantes em García Márquez, sao explorados de forma maestral neste livro. Um livro para toda vida!

 

Momento intermunicipal do concurso "Leituras no Douro, Tâmega e Sousa"

Acompanhei, no dia 20 de maio, os alunos dos concelhos de Paços de Ferreira e Penafiel no Momento Intermunicipal do concurso "Leituras no Douro, Tâmega e Sousa", que decorreu em Baião.


 

terça-feira, 13 de maio de 2025

Os Retornados

Li e gostei...


Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida.

 

domingo, 11 de maio de 2025

A Música do Acaso

Li e gostei...


Jim Nashe é um frívolo bombeiro de Boston que precisa de música como do ar que respira. A mulher abandona-o pouco antes da morte de seu pai, que nunca conheceu e que lhe deixa uma inesperada herança, que ele esbanja à medida que viaja sem rumo pelos Estados Unidos. Sem que estabeleça qualquer ponto de chegada, Jim deixa-se conduzir pelo acaso, que se torna a força motriz que determina a sua vida, transformando-a numa sucessão de acontecimentos aparentemente sem significado. Uma vida errante passada numa solidão quase completa, em que experimenta a divertida e dilacerante sedução do desenraizamento absoluto. Até ao dia em que a música do acaso lhe sugere uma outra aventura: apostar tudo numa única carta...

Metáfora de como é fácil perder a identidade e de quão inexplicáveis são as regras que regulam as nossas vidas, A Música do Acaso é um romance sobre liberdade e destino. Um universo bizarro onde a realidade se transforma e um simples jogo muda irremediavelmente as vidas dos jogadores que nele participam. Obsessão, melancolia e o lado mais negro da natureza humana – alguns dos temas mais caros ao autor – estão todos aqui, neste romance emblemático do trabalho literário de Paul Auster.