quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Ministra da Educação e o fósforo.

A imagem que melhor espelha esta equipa ministerial é o fósforo a arder. Na verdade quando esta equipa chegou ao ministério anunciou grandes mudanças, aliás propôs-se mudar tudo. Tal como o fósforo quando começa a arder mostra toda a sua potência.
No entanto esta equipa esqueceu-se que não conhecia o funcionamento de uma escola, fosse ela do primeiro ciclo ou do ensino secundário passando pelo segundo e terceiro ciclos. Pois a senhora ministra e os seus subordinados vieram do ensino superior.
Começou, então, a apalpar terreno visitando algumas escolas, onde pensou ter encontrado a solução para todos os problemas. Em cada visita descobriu uma novidade e logo seguir mandou que todas as escolas trabalhassem dessa forma ( ex: as aulas de substituição ). Esqueceu-se a dita equipa que há diferentes realidades a nível nacional e os problemas começaram a surgir, foram-se avolumando. Tal como o fósforo à medida que vai ardendo vai perdendo a sua intensidade.
A seguir o ministério começou a enfrentar os professores, primeiro com o novo estatuto da carreira docente, depois com a avaliação e, finalmente, com a gestão e administração das escolas.Tudo isto foi aprovado pela maioria do partido do governo, somente. Esqueceu-se de um princípio sagrado: as mudanças fazem-se com os professores e não contra os professores. Assim, começou por excluir os sindicatos, representantes da classe docente, das grandes questões que afectam a classe. Criou, em seguida, um órgão para substituir os mesmos sindicatos, conhecido como Conselho de Escolas, onde estão os representantes dos conselhos executivos, que se representam a si e não aos professores e dizem à senhora ministra o que ela quer ouvir: queremos mais poder. Tal como o fósforo perde intensidade à medida que se aproxima do fim, também a equipa ministerial está a chegar ao fim.
Em suma, o fósforo depois de ter ardido todo não vale para mais nada, o mesmo se passa com esta equipa, que depois de ter feito tão mal aos professores e à educação, valerá tanto como o fósforo ardido - nada.

A. Serip

3 comentários:

onurB disse...

Olá professor, já viu a actualização do meu blog?
Dê uma olhadela e deixe o seu comentário(...),sobre o livro do Dom.Abraço.

onurB disse...

ok, não seja exigente.

R.O. disse...

Tenho de o aplaudir, pois nunca vi uma comparação tão real.
Pena é que o fósforo depois de queimado deixe algumas cinzas, que aborrecem. Só peço que venha uma boa rajada de vento e as leve para bem longe e que não deixe rastos a aborrecer-nos, pois a sua chama já fez estragos dos grandes.

Professora