domingo, 11 de novembro de 2007

O furacão "ranking" chegou às escolas portuguesas

A obsessão pelos rankings e pelas suas leituras está a deixar as escolas portuguesas num alvoroço até agora nunca visto. As leituras e análises têm sido imensas e para todos os gostos. Estas leituras nem sempre têm sido feitas por gente que conhece a realidade da educação no nosso país, daí que descubrámos interpretações e opiniões muito obtusas e baralhantes.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que as famosas listas ordenadas não permitem distinguir as boas das más escolas, como alguns pretendem ver de uma forma obcecada. Elas permitem apenas distinguir os bons dos maus resultados que os alunos obtiveram nos exames de 11º e 12º anos.
Em segundo lugar, estas listas deveriam servir única e simplesmente como informação útil para se poder melhorar os resultados das provas de exame e não para avaliar as próprias escolas.
Em terceiro lugar, a avaliação considera um conjunto complexo de factores pedagógicos, sociais, económicos e culturais que não se podem reduzir a um simples exame, que não contempla os factores anteriormente enunciados.
Uma leitura simplória das listas é, por isso, inimiga da avaliação rigorosa que todos os dias apregoámos nas nossas escolas.

1 comentário:

José Carrancudo disse...

É natural que as escolas privadas conseguem um ranking maior, pois têm melhores professores, alunos mais motivados e melhor acompanhados pela família, e métodos de ensino mais correctos.

Entretanto, a escola pública precisa de rectificar a parte pedagógica que tem estrangulado o nosso ensino desde há 30 anos - para saber mais, leia o nosso blogue.